É ENTRAR, MEUS SENHORES, É ENTRAR
Li, num jornal, outro dia, uma carta de um senhor que acusava o referido orgão de que "estari a fazer publicidade a uma empresa". Referia-se ao IKEA, a loja sueca de móveis. O director defendeu-se em meia-dúzia de palavras e passou adiante.
Hoje, foi a minha vez de ir dar uma volta ao gigantesco empreendimento. Levava uma desculpa: precisava ABSOLUTAMENTE de comprar X. E, lá, deveria haver.
Dei por mim, de sacos carregados de mil e uma coisas e uma vontade de mobilar a casa toda de novo, apenas com o que ali haveria. Conheci outras lojas desta marca no estrangeiro, por isso não sou um novato no comer sueco. Mas acabei por fazer o mesmo que os outros: comprar e querer comprar mais. Imagino os nossos vendedores de artigos de casa a levarem as mãos à cabeça e a anunciarem ruína. E para alguns será.
É inevitável o aparecimento destas grandes superfícies que nos trazem, nas diferentes áreas, o que o pequeno e médio comércio se tem recusado, ou não pode, dar: design, preço competitivo e possibilidade de passar horas e horas a mexer em tudo, a experimentar e a decidir o que apetece levar. Lojas como o IKEA, a Fnac ou a espanhola Zara cumprem o papel inevitável de globalizarem os objectos que nos cercam.
Haverá quem goste e quem odeie esta ideia. Mas para os últimos é melhor que comecem a pensar em alternativas...
ps: Claro que não trouxe o objecto que ia lá OBRIGATORIAMENTE comprar.
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